Em meio ao surto de raiva anunciado pela secretaria de saúde do município e pelo Centro de Controle de Zoonoses, um homem de 38 anos teve confirmado a contaminação pela doença, após ter sido mordido por um cão em Corumbá. O paciente foi transferido para a capital do Estado onde está internado no hospital Universitário em estado grave.
Erik Silva/Capital News
Caso de raiva animal em homem atacado por cão em Corumbá é confirmado
A doença viral pode levar à morte e é transmitida através do contato com a saliva do animal contaminado. Foi o caso da vítima que não teve a identidade revelada e teria sido mordido por
um cachorro de rua há 60 dias atrás.
O homem procurou ajuda médica com febre e passando muito mal. A mordida teria sido descoberta pelo médico que atendeu o paciente e o questionou sobre a ferida. O rapaz está em coma induzido e respira com auxílio de aparelhos, além de ser mantido em uma área de isolamento. Segundo informou o médico infectologista Maurício Pompílio, os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde estão sendo realizados na tentativa de salvar a vida do paciente.
A raiva animal não é comum em humanos, mas quando ocorre se manifesta de maneira muito agressiva e as chances de cura é praticamente inexistente. Em todo mundo apenas duas pessoas que contraíram a doença sobreviveram após uma técnica desenvolvida Estados Unidos.
As autoridades buscam junto ao Ministério da Saúde os medicamentos que foram utilizados no único registro de cura no país que deverão estar chegando em Campo Grande nesta segunda-feira (20).
Falta Conscientização
Mesmo com os alertas emitidos pelos órgãos de saúde do município de Corumbá, para que os proprietários de cães e gatos mantenham seus animais domésticos em casa, basta andar pelas ruas da cidade e ver que a medida não vem sendo cumprida. É comum observar animais soltos pela cidade, revirando sacos plásticos e até mesmo em bandos. Desde o mês passado seis casos de raiva foram confirmados e outros nove estão sob suspeita aguardando resultado de exames laboratoriais. Em entrevista à imprensa na última semana a secretaria de saúde confirmou que 18 pessoas estavam realizando tratamento profilático por terem tido contato com os animais diagnosticados com a doença. Outra medida adotada pelo Centro de Controle de Zoonoses, tem sido a captura de animais não domiciliados encontrados vagando pelas ruas da cidade e posteriormente são conduzidos à sede da instituição onde são mantidos por três dias aguardando a procura de seus donos.