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Polícia Sexta-feira, 17 de Julho de 2015, 13:28 - A | A

Sexta-feira, 17 de Julho de 2015, 13h:28 - A | A

Na ativa

Após conclusão de inquérito na Bolívia PM’s retornam para Corumbá

Comando do 6º BPM ressaltou que militares não foram presos ou detidos e apenas foram ouvidos como testemunhas no caso

Erik Silva
De Corumbá para o Capital News

Já regressaram ao comando do 6º Batalhão de Policia Militar os cinco PM’S, envolvidos na prisão do homem flagrado tentando adentrar o país em um carro contendo diversos produtos contrabandeados.  A prisão ocorreu após a tentativa de fuga do contrabandista que teria reagido a abordagem de agentes da Receita Federal empreendendo fuga pelo centro de Corumbá e posteriormente adentrando a fronteira com a Bolívia.

 

Divulgação

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Segundo informou o comando do 6º BPM, ao contrário do que se divulgou, não houve prisão ou retenção dos PM’s brasileiros pela Policia boliviana, nem ainda a invasão arbitrária dos policiais em outra jurisdição. “O que ocorreu na verdade foi que durante a tentativa de fuga, a Polícia Militar foi acionada e realizou o acompanhamento Tático do autor até a Fronteira, a exemplo do que ocorreu em território brasileiro onde o condutor do veículo dirigia de forma perigosa colocando em risco a segurança de populares, ao adentrar em território estrangeiro ele teria jogado o veículo contra um policial daquele país que ao ver as viaturas solicitou o nosso apoio”, disse o comandante do 6º BPM.

A prisão do autor teria sido acompanhada em todo momento pelo agente de polícia boliviana que por não ter condições de prosseguir com o acompanhamento solicitou o reforço aos policiais brasileiros. “Tudo aconteceu muito rápido, no momento em que o condutor invadiu o espaço boliviano e quase atropelou o policial, não havia ali naquele instante uma viatura da Policia Nacional, e por este motivo o agente nos acionou e dizia: pega-pega, solicitando o apoio que foi prontamente atendido.

Protocolo

O Coronel da Polícia Militar e comandante do 6º BPM, ressaltou que todo procedimento que se deu após a prisão do meliante faz parte de um protocolo, e que em nenhum momento os policiais brasileiros foram detidos ou teria havido algum tipo de mal-estar entre as autoridades dos dois países. “Tudo ocorreu de forma tranquila e dentro da normalidade, o autor inclusive após a prisão ter sido realizada por um agente de segurança da Bolívia com o nosso apoio, foi colocado em uma de nossas viaturas pois não havia naquele momento um veículo oficial, apenas apoiamos a ação. O que ocorreu depois disso foram os procedimentos rotineiros que se aplica a uma ação como esta, nossos policiais se dirigiram até o departamento de polícia para serem ouvidos como testemunhas em circunstância da situação, inclusive a entrega das armas aos agentes bolivianos faz parte desse protocolo, da mesma forma como ocorreria aqui”, ressaltou.

Prisão

Após serem ouvidos, os policiais militares, as viaturas e todo armamento foram reconduzidos para Corumbá e o autor dos fatos entregue para as autoridades policiais brasileiras. “O funcionamento da Polícia boliviana é diferente da brasileira e é preciso entender isso, lá eles são responsáveis desde as ações preventivas, ostensivas e ainda pelos procedimentos cartorários, por isso a necessidade da permanência dos agentes brasileiros na sede da polícia boliviana para prestar o depoimento dos fatos.

 

Eles nos deram todo apoio inclusive com a celeridade a esses procedimentos, e após constatado que na Bolívia o autor não teria cometido nenhum crime, ele foi entregue às autoridades brasileiras e conduzido para Polícia Federal onde ai sim, deverá responder pelos crimes que cometeu em território brasileiro”, concluiu o comandante informando que o autor deverá ser indiciado pelos crimes de Contrabando, Resistência à Prisão, Direção Perigosa e tentativa de homicídio realizado contra a vida de um agente da Receita Federal.

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