“O pesque-solte é uma reivindicação que fazemos há pelo menos dez anos”, afirmou o presidente da Associação das Empresas de Turismo de Corumbá (Acert), empresário Luiz Antônio Martins, em apoio a decisão do Governo do Estado em proibir a captura e transporte de pescado das bacias dos rios Paraguai e Paraná, a partir de 2020.
Na última quarta-feira (13), a entidade reafirmou sua posição, já declarada anteriormente, em relação à cota zero. Corumbá tem a maior estrutura fluvial (27 barcos-hotéis) para a pesca esportiva e recebeu este ano mais de 25 mil pescadores. “A natureza não consegue acompanhar o extrativismo e temos percebido a redução do estoque pesqueiro a cada ano. A cota zero é uma medida preservacionista e vai beneficiar o nosso negócio, pois, quando mais preservamos, mais mercado teremos para a pesca esportiva no Pantanal”, sustentou o presidente da Acert.
O trade turístico de Corumbá é o primeiro segmento a abraçar a iniciativa do município em decretar a moratória para o dourado, em vigor desde 2007, e defende um tratamento diferenciado para o Pantanal em se tratamento de legislação de pesca. Conforme a assessoria a nova legislação pesqueira pode reduzir em 20% o fluxo de pescadores na região em 2020, porém a perspectiva de crescimento para os anos seguintes deixa o setor extremamente otimista.