Divulgação/ Diário Corumbaense
Os manifestantes despejaram dois caminhões de terra e entulho para continuar impedindo o tráfego no local
Nesta terça-feira (29) o bloqueio da fronteira entre Brasil e Bolívia em Corumbá, chega ao sétimo dia. Sem solução para o impasse na eleição presidencial na Bolívia, lideranças políticas contrárias ao presidente reeleito, Evo Morales.
A 425 quilômetros de Campo Grande, na ponte que separa Corumbá das cidades bolivianas de Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez, a passagem de veículos está bloqueada, passam apenas carros em situação de emergência, como ambulâncias, e pedestres. Na segunda-feira (28), os manifestantes despejaram dois caminhões de terra e entulho para continuar impedindo o tráfego no local.
A preocupação é com a escassez de água potável e gêneros alimentícios do outro lado da fronteira. Mas conforme o presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, Marcelito Moreira, há a falta de água potável vendida em galões.
Divulgação/ Diário Corumbaense
Um dos três caminhões pipas na entrega de água para a população que faz fila para abastecer os galões
“Vamos continuar com a fronteira fechada até que haja uma decisão. Estamos lutando pela democracia e em conversa com os presidentes das associações dos mercados municipais, eles estão autorizados a ir até Corumbá para adquirir alguns produtos que estejam faltando, para que não haja um desabastecimento nesses comércios, como verduras, carnes, frangos e até mesmo água”, esclareceu Marcelito, frisando que esses produtos essenciais para algumas famílias, não chega até a região devido aos pontos de bloqueios na estrada Bioceância, em cidades que ficam às margens da rodovia, que liga o Brasil e a Bolívia.
Segundo Diário Corumbaense os bolivianos que foram às urnas no último dia 20 de outubro, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Evo Morales reeleito, dizem que a contagem de votos que deu a vitória ao presidente, foi fraudada.
Os opositores pedem a realização do segundo turno e agora, a renúncia de Evo Morales, que nega a existência de fraude na eleição presidencial.