Sábado, 18 de Maio de 2024


Cotidiano Sexta-feira, 04 de Junho de 2021, 08:17 - A | A

Sexta-feira, 04 de Junho de 2021, 08h:17 - A | A

Investigação

Segunda suspeita de fungo negro é registrada em Mato Grosso do Sul

Também com covid-19, paciente de 50 anos é da cidade Corumbá

Elaine Silva
Capital News

Chico Ribeiro/Portal MS

 Governo do Estado investe R$ 150 milhões em Corumbá

Corumbá (MS)

Corumbá registrou um caso suspeito de mucormicose, conhecido como fungo negro, em um paciente de 50 anos. Essa é a segunda suspeita em Mato Grosso do Sul, sendo o primeiro foi de um paciente de 71 anos que morreu na última quarta-feira (2).

Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS- MS), recebeu alerta da Saúde Municipal sobre um paciente, de 50 anos, residente na cidade, que tem hipertensão arterial sistêmica e obesidade.

O paciente teve histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com início dos sintomas em 22 de maio. No dia 27, realizou RT-PCR detectável para Covid-19. Ele apresentou tosse, dor de garganta, desconforto respiratório e fadiga. Está na UTI-Covid da Santa Casa desde 28 de maio e teve de ser intubado, conforme o site Diário Corumbaense. O paciente recebeu duas doses da vacina contra a covid, em 20 de janeiro e 05 de fevereiro. No dia 02 de junho, foi diagnosticado com suspeita de mucormicose, apresentando necrose ocular bilateral.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a progressão da doença leva a uma sequência de sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica. Há a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.

Para tratar o fungo negro “envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho. A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros”, informa a SES.



 

Comente esta notícia