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Cotidiano Quinta-feira, 23 de Março de 2023, 16:08 - A | A

Quinta-feira, 23 de Março de 2023, 16h:08 - A | A

Resgate

Peão de fazenda é resgatado após sofrer deslocamento de clavícula na Região do Alto Pantanal

Foi necessário uma grande operação para garantir o resgate

Layane Costa
Capital News

Divulgação/IHP

Peão de fazenda é resgatado após sofrer deslocamento de clavícula na Região do Alto Pantanal

Trabalhador rural entrando na viatura

Um peão de fazenda de 56 anos, sofreu deslocamento de clavícula quando preparava para laçar gado no pasto. A vítima mora na fazenda São Miguel, acessada a partir de Corumbá após cerca de 9 horas de viagem em embarcação pelo rio Paraguai. O 3° Grupamento de Bombeiros Militar (3°GBM) teve apoio da equipe do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) para fazer o resgate e trazer o trabalhador rural para obter atendimento médico. 

 

A lesão sofrida pela vítima ocorreu na última terça-feira (21), mas por conta das distâncias existentes no Pantanal, foi necessário uma grande operação para garantir o resgate. 

 

Conforme relato do trabalhador Wilson Lima, ele estava trabalhando no campo e ao tentar ajudar colegas para laçar gado, sofreu o deslocamento da clavícula. A região onde ele trabalhava fica distante da casa da fazenda. Além disso, havia muita chuva na região. Depois de cerca de três horas de cavalgada, o peão conseguiu chegar em casa para pedir auxílio para esposa.

 

Houve contato em Corumbá para o resgate do trabalhador rural via radio. Uma equipe do 3º GBM deslocou a embarcação Tuiuiu de Corumbá para o Porto São Pedro, que fica rio Paraguai acima, por volta das 5h de quarta-feira (22), para resgatar o trabalhador rural. Porém, houve dificuldades relacionadas à condição climática e a equipe dos Bombeiros desencontrou com a vítima.

Divulgação/IHP

Peão de fazenda é resgatado após sofrer deslocamento de clavícula na Região do Alto Pantanal

Embarcação em solo

 

Do local onde o peão estava, na Fazenda São Miguel, até o Porto São Pedro, são cerca de 6h de viagem em embarcação. Esse deslocamento sofreu atrasos e quando o barco que trazia a vítima atracou no Porto São Pedro era em período que impedia a viagem prosseguir até Corumbá.

 

“Fizemos um contato com o Instituto Homem Pantaneiro, que prontamente deslocou uma embarcação para efetuar o transporte. Uma viatura do Corpo de Bombeiros aguardava a vítima e a levou para atendimento médico”, explicou o tenente do 3º GBM Hélio dos Santos Silva.

 

O técnico em comunicação do IHP, Josiel Oliveira, estava em serviço na região da Comunidade Amolar, no sítio Serra Negra. Não havia possibilidade de navegação durante a noite de quarta-feira, por isso, nas primeiras horas deste dia 23, Josiel fez o deslocamento de cerca de 50 minutos até o Porto São Pedro e resgatou o trabalhador rural e sua esposa até o Porto Geral de Corumbá. Essa viagem demorou em torno de três horas numa embarcação rápida.

 

A coordenadora de operações do IHP, Isabelle Bueno, ressaltou que só com um trabalho conjunto é possível atuar diante das longas distâncias que existem no Pantanal. “Temos um sistema de rádio no IHP que está interligado com os Bombeiros para conseguirmos fazer a comunicação e solicitar apoio, quando necessário. Esse sistema interliga o Porto São Pedro, a Comunidade Amolar e a Comunidade da Barra do São Lourenço.”

 

IHP

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002 e instituído no dia 30 de março de 2012 em Corumbá, atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.

 

Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área. Os programas que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. 

 

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