A fazenda Limoeiro, do produtor rural Rovilson Alves Corrêa, foi invadida por indígenas de etnia Kadiwéu pela segunda vez em menos de dois anos. De acordo com o advogado do produtor, Carlos Fernando de Souza, aproximadamente 120 indígenas entraram na propriedade, localizada em Corumbá, na noite de terça-feira (20), e renderam quatro seguranças. Uma comunicação foi encaminhada ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, requerendo providências.
Os indígenas invadiram a propriedade montados a cavalo, amarraram quatro seguranças e outros dois conseguiram fugir. Os profissionais que faziam a guarda da propriedade são contratados por uma empresa de Dourados, que já registrou boletim de ocorrência na Polícia Federal, alegando lesão corporal.
Os seguranças já faziam ronda na propriedade em razão da invasão ocorrida em março de 2011, e a família do produtor rural não estava na propriedade, que está em poder dela desde a década de 60, no momento da invasão. Os índios levaram duas motos e quatro revólveres dos seguranças que estavam na propriedade.
“A ação demonstra que os indígenas descumpriram acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, quando afirmaram que não haveria novas invasões até o desfecho das negociações de compra no Estado”, ressaltou Souza.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) somente pode-se manifestar através da assessoria de imprensa em Brasília (DF), mas o setor regional da fundação afirma que é uma reocupação, e não invasão.
Conforme o ministro, as propriedades invadidas serão desconsideradas para a compra e a regra vale para todas as etnias.
Com essa invasão, somam 67 as propriedades privadas invadidas por indígenas no Estado, conforme levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul).