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Corumbá Quarta-feira, 09 de Abril de 2014, 17:58 - A | A

Quarta-feira, 09 de Abril de 2014, 17h:58 - A | A

Crianças da Colônia Bracinho agora têm condições dignas para estudar

Da Redação

Péssima estrutura e pedido de devolução da área levaram prefeitura a mudar local da Extensão Rural (PMC) Péssima estrutura e pedido de devolução da área levaram prefeitura a mudar local da Extensão Rural (PMC)

As aulas na Escola Municipal Rural Polo Porto Esperança - Extensão Sebastião Rolon, na Colônia Bracinho, região do Taquari, estão acontecendo normalmente em um novo local alugado pela Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria de Educação, com condições dignas para o aprendizado das crianças, inclusive com acomodações íntegras para implantação de regime de semi-internato. A mudança de sede se deveu ao fato do prédio antigo estar totalmente deteriorado, sem as mínimas condições de higiene e segurança para os alunos e profissionais da educação, inclusive com falta de água.

A informação é da secretária de Educação, Roseane Limoeiro. Segundo ela, a mudança de sede ocorreu pelo fato de que o antigo prédio não tem mínimas condições para atender os alunos e também os professores, que são obrigados a morar no local. “A situação se complicou no final do ano passado após um vendaval, que danificou ainda mais a estrutura que atendia a Extensão Sebastião Rolon, no Bracinho”, informou.

Roseane observou que, antes da Secretaria de Educação optar pela mudança de sede, as famílias foram ouvidas. “Visitei pessoalmente as antigas instalações da Extensão, acompanhando da equipe técnica da secretaria. Constatamos que o prédio não oferecia mínimas condições e teria que ser feita uma reforma geral para atender os alunos e professores”, disse, comentando ainda que foi nessa época que teve um contato direto com os moradores da região.

Para se ter uma ideia, a sala de aula funcionava em uma estrutura de pau a pique, as condições da cozinha e do alojamento dos professores não ofereciam mínimas condições de higiene, e até o banheiro foi condenado. “Nem água tinha. O poço que abastecia a Extensão secou”, explicou.

Outro problema enfrentado pela Prefeitura é que o proprietário da área onde funcionava a escola, solicitou a devolução da área, fato confirmado pela diretora da Extensão, Cleide Marçal. “Diante de tudo isso, nos reunimos com a comunidade e informamos que iríamos providenciar uma nova estrutura para manter a escola em funcionamento. Fizemos isto de forma provisória e, hoje, a Extensão está funcionando em um prédio melhor, no Porto Sairú, às margens do Rio Taquari”, explicou.

A mudança para o Porto Sairú, conforme Roseane, aconteceu de forma provisória. “O ano letivo já foi iniciado e, agora, vamos conversar novamente com a comunidade para saber dela, qual o melhor local para construção da sede própria, para que a Prefeitura providencie a compra dessa área. Definido isso, vamos buscar recursos junto ao Fundo Municipal de Desenvolvimento da Educação, do Ministério, para construção da escola”, ressaltou.

Transporte

Em relação ao transporte dos alunos, a secretária observou que a Secretaria de Educação já está tomando as providências necessárias e aquisição de um trator agrícola em conjunto com uma carreta adaptada com cobertura, assentos e cintos de segurança.

“O Município é imenso, mais de 65 mil quilômetros quadrados. Temos ônibus para transportar os alunos na área urbana e também nos assentamentos rurais e Distrito de Albuquerque. Já na região ribeirinha, o transporte acontece em embarcações. No entanto, existem regiões dentro do nosso Pantanal, que não há condições de atender com ônibus e nem com barcos. O único meio possível é o trator”, disse a secretária.

Ela lembra que regulamentação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no que se refere a linha de crédito, é exclusiva para compra de ônibus, mini ônibus, micro ônibus e de embarcações fluviais, não especificando tratores.

Em relação à frequência dos alunos, Roseane adiantou que, dos 21 matriculados, 14 estão frequentamento as aulas que, na nova estrutura, no Porto Sairu, está ocorrendo em regime de jornada ampliada, das 07h30 às 15h30. “A ideia era o regime de semi-internato. Eles ficavam na escola durante a semana e nos finais de semana, iriam para casa. Mas, as famílias não concordaram e, assim, implantamos a jornada ampliada e eles vão para a escola três vezes por semana”.

O diário de frequência dos alunos na Extensão revela que, entre os sete alunos que não estão frequentando as aulas, seis são oriundos da família de Luzia Pires da Silva. Até o ano passado, a escola funcionava em uma estrutura ao lado de sua casa. Ela não concordou com a mudança, alegando não haver meio de transporte para chegar ao Porto Sairú. Já as demais famílias não se opuseram, mesmo porque, já tinham que cobrir longas distâncias para chegar à escola.

E este percurso está sendo cumprido com auxílio de cavalo, ou mesmo de carroça. Para se ter uma ideia, a Prefeitura já atendeu as famílias do Bracinho com carroças que era justamente para conduzir os alunos até a escola, além de auxiliar no transporte de mercadorias que a Secretaria de Educação encaminhava para a antiga unidade (merenda escolar, em especial), que chegava de barco até o Porto Sairu. Luzia da Silva foi uma das beneficiadas pela Prefeitura de Corumbá.
(Da assessoria)
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