O prefeito de Corumbá, Paulo Duarte e o sócio-proprietário do grupo Caimasul (Caimans do Sul do Pantanal Importação e Exportação Ltda), Wilson Alves Garcia Girardi, assinaram nesta semana um termo de compromisso para implantação e funcionamento de criadouro e frigorífico de jacaré em Corumbá, que dever ser um dos maiores frigoríficos especializados na criação e abate de jacarés do Brasil.
A empresa está sendo construído na BR-262, a cerca de 25 quilômetros da área urbana da cidade, com uma área total de 150 hectares. No local, vai ser possível acompanhar todo o processo de criação e manuseio dos animais. Quando estiver funcionando com 100% da capacidade, o frigorífico deve empregar diretamente de 90 a 110 pessoas. Nesta fase de implantação, são mais de 30 trabalhadores atuando na construção e montagem dos criadouros e demais equipamentos. Há também os profissionais que fazem a coleta e o transporte dos animais, tudo devidamente licenciado e certificado pelos órgãos fiscalizadores.
O projeto ainda prevê a construção de uma fábrica que produzirá toda a comida usada na criação dos jacarés. A matéria prima, geralmente partes menos nobres de peixes de água salgada, virá de outros estados produtores e, na própria fazenda, será transformada em um embutido, algo semelhante a uma peça de presunto. A técnica pioneira garante menos desperdício e um melhor aproveitamento nutricional pelos animais. O reaproveitamento de recursos, principalmente os naturais, é inclusive um dos pontos fortes do plano. Toda a água usada nas baias será reaproveitada, isso depois de passar por um complexo processo de tratamento e filtragem. Serão ao todo 240 baias de criação.
De acordo com o presidente do grupo Caimasul, Raul Amaral Campos Filho, aproximadamente 50 mil jacarés já estão sendo criados no local. A previsão é de que R$ 9,7 milhões sejam investidos no empreendimento, a grande maioria utilizada na construção das edificações e na aquisição de máquinas e equipamentos específicos.
Nosso objetivo é comercializar de 80 a 90% de toda nossa produção aqui mesmo no Brasil”, afirmou Wilson Girardi, diretor comercial do empreendimento. “Além disso, existe no exterior uma procura pelo couro do jacaré. Ou seja, vamos utilizar praticamente 100% do animal”, destacou.