Sexta-feira, 26 de Abril de 2024


Rural Quinta-feira, 21 de Setembro de 2017, 18:32 - A | A

Quinta-feira, 21 de Setembro de 2017, 18h:32 - A | A

Indústria

MS inaugura primeiro frigorífico legal de jacaré em Corumbá

Na fazenda, estão confinados 79 mil animais, sendo que 30 mil deles já estão prontos para o abate

Flávio Brito
Capital News

Caimasul/Divulgação

Frigorífico de jacaré

Estimativa é de que volume de abates seja de 400 toneladas por mês em 2019

O Mato Grosso do Sul inaugurou nesta quinta-feira (21) o primeiro frigorífico para abate de jacarés do Estado. Localizado na área do Pantanal, em uma fazenda de 154 hectares às margens da BR-262, a 30 km de Corumbá (MS), o abatedouro tem autorização governamental do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para funcionar e faz parte do projeto Caimasul, um complexo industrial que engloba criação, engorda e abate desses animais.

A inauguração ocorreu em meio à programação de abertura da Feapan 2017 – Feira Agropecuária do Pantanal. Construído apenas com recursos privados, foram investidos R$ 30 milhões no complexo. Já no primeiro mês, a produção deve chegar a sete toneladas de carne e 2.300 peles. Na fazenda, estão confinados 79 mil animais, sendo que 30 mil deles já estão prontos para o abate.

Além da carne de pouca gordura, tudo se aproveita do jacaré. As partes não comestíveis, cabeças e patas, são empalhadas e vendidas como artesanato. Já a pele serve até como chaveiro. Construído apenas com recursos privados, foram investidos R$ 30 milhões no complexo. Já no primeiro mês, a produção deve chegar a sete toneladas de carne e 2.300 peles. Na fazenda, estão confinados 79 mil animais, sendo que 30 mil deles já estão prontos para o abate.

De olho no nicho de carnes exóticas aqui no Brasil e no mercado internacional de peles de jacaré, os empresários esperam recuperar o investimento em no máximo dez anos. Inicialmente, as exportações de pele serão feitas para os Estados Unidos.

Em 2019, o projeto terá 250 mil jacarés em cativeiro. Deverá abater 100 mil animais por ano, produzindo 350 toneladas de carne e 100 mil peles. Segundo a empresa, o faturamento anual será então de R$ 50 milhões, com a oferta de 300 postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

Comente esta notícia