Devido a cheia no Pantanal, produtores rurais da região terão condições especiais e prioridade no repasse de recursos financeiros. O ministro da Integração Nacional, Antônio Pádua Andrade, homologou a situação de emergência decretada pela prefeitura de Corumbá por causa das inundações. Além disso, o Estado também prorrogou a vacina contra aftosa até 30 de julho.
Os pantaneiros pediram liberação de linha de crédito e mudanças em programas, como o de Retenção de Novilhas. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pantanal estima cerca de R$ 5 milhões em prejuízos econômicos, com a retirada do gado dos locais alagados.
O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, explica que os efeitos da cheia para a pecuária devem durar até 2019. O deslocamento dos animais em longas caminhas influência no escore corporal das vacas de cria. “A situação de emergência nos permitirá captar recursos federais e ter crédito diferenciado para custear as despesas da retirada do gado e também alongamento das dívidas”, afirmou.
Após vários dias estacionado em 5,33 metros, o nível do Rio Paraguai deu sinais de declínio e baixou um centímetro. Entretanto, as inundações devem cessar somente em julho. “A água está baixando na região próxima a cidade de Corumbá, mas ainda tem um longo caminho para chegar a Porto Murtinho e no trajeto vai continuar inundando”, disse.