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Sexta-feira, 27 de Abril de 2018, 12h:51

Avião interceptada pela FAB levava 500 quilos de pasta-base de cocaína

Força Aérea teve de realizar o tiro de detenção, provocando o pouso forçado da aeronave

Flávio Brito
Capital News

Agência Força Aérea

Avião suspeito de tráfico é interceptado pela FAB em Corumbá

Aeronave E-99 da FAB participou da operação

O avião bimotor interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 25 de abril, ao norte de Corumbá, transportava 500 quilos de pasta-base de cocaína que vinha da Bolívia. Após a execução do tiro de detenção, a aeronave, que não tinha plano de voo, fez pouso forçado em um lago localizado na área do Parque Nacional do Pantanal do Mato Grosso, onde foi realizada a apreensão da carga pela Polícia Federal.

 

Divulgação/FAB

Avião interceptada pela FAB levava 500 quilos de pasta-base de cocaína

Cerca de 500 quilos de pasta base de cocaína foram apreendidos

A missão fez parte da Operação Ostium. Durante a interceptação, as medidas de policiamento do espaço aéreo não foram respeitadas. O caça A-29 Super Tucano da FAB teve de realizar o tiro de detenção, provocando o pouso forçado do avião suspeito. Um helicóptero com grupo de militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) seguiu para o local. A PF e órgãos de segurança pública também participaram da missão. 

 

As medidas de controle do espaço aéreo realizadas estão previstas no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004. “Ao tentar se evadir e após se negar a responder a todas as chamadas do A-29 da Defesa Aérea, inclusive o tiro de aviso, a aeronave foi alvejada, o que forçou um pouso de emergência”, explica o Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Operações Aeroespaciais, Major-Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich.

 

De acordo com o oficial-general, a ação representa o cumprimento pleno da missão da FAB na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. “A aeronave em questão não tinha plano de voo, estava com uma matrícula falsa e foi interceptada em decorrência da Operação Ostium, operação permanente e que conta com a participação da Polícia Federal, de diversos órgãos de inteligência e de segurança pública”, afirmou.

 

O Major-Brigadeiro Mangrich ressalta a relevância da cooperação de todos que operam no espaço aéreo. “É importante que as aeronaves realizem o plano de voo em todas as regiões em que este está previsto nas regras de tráfego aéreo", diz.

 

Operação Ostium

A ação faz parte da Operação Ostium, que reforça a vigilância do espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil, desde 2017. O intuito é coibir voos irregulares, que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico.