A conquista neste ano do segundo título estadual, fez o Corumbaense alcançar duas metas
antigas, que são as vagas para a Copa do Brasil e também Série D do Campeonato Brasileiro.
Agora, o clube enfrenta um problema inesperado para a próxima temporada. O convênio entre
a Prefeitura e a Liga de Esportes de Corumbá (LEC) para utilização do Estádio Arthur Marinho
termina no fim do ano e as partes estão longe de um acordo para os próximos anos. Sem esse
entendimento, o estádio não pode receber as melhorias exigidas para as competições
nacionais.
Diário Corumbaense/Arquivo
Luiz Bosco espera que situação do Arthur Marinho seja resolvida entre LEC e Prefeitura
A última batalha, nesta semana, foi perdida. Representantes de clubes da LEC decidiram pela
não doação do estádio para a Prefeitura Municipal após o encerramento do convênio. A
decisão da Liga praticamente encerra as tratativas sobre a municipalização do Arthur Marinho.
Com curto prazo para o início das reformas de adequação da praça esportiva, a Prefeitura já
havia afirmado que a doação seria a “única alternativa" para que as intervenções fossem
realizadas legalmente pelo município com recursos públicos.
A decisão fez o presidente do Corumbaense, João Bosco, afirmar que o clube estaria fora das
competições do próximo ano. “Se essa decisão for mantida é quase certeza que o
Corumbaense vai abrir mão do Estadual, Copa do Brasil e Série D e sofrer as consequências”,
disse em entrevista à TV Morena.
Alguns dias depois, porém, o discurso sobre não participar das competições mudou, mas a
preocupação com a situação do Arthur Marinho continua. “O Corumbaense repudia essa
decisão – da LEC -, não concorda. Temos que ter uma visão pensando no benefício de uma
cidade que ama o futebol e o Corumbaense só chegou onde chegou por isso. Nós ainda vamos
procurar alternativas para que possamos jogar todos os jogos no Arthur Marinho. De uma
forma ou de outra isso tem que acontecer e o cidadão corumbaense está do nosso lado”, disse
o dirigente.
Com vaga garantida nas competições nacionais, Bosco disse que a possibilidade de não
disputa-las foi ventilada no calor das discussões e que isso deve acontecer, independente de
poder jogar em Corumbá ou não. “Outras cidades já se ofereceram para receber o
Corumbaense. Eu até ventilei que houvesse essa possibilidade – não disputar a Série D do
Brasileiro – logo após aquela decisão. Mas vamos jogar sim, em último caso onde quer que
seja, mas vamos disputar sim e não como mero participantes. Queremos fazer crescer o
futebol de Corumbá e do Mato Grosso do Sul”.