Diário Online
Esquema de envolvimento em fraudes no comércio exterior através da fronteira com a Bolivia
A denúncia feita pelo Ministério Público de Corumbá, já recebida pela Justiça Federal de Corumbá (MS), teve o sigilo levantado apenas nesta semana. Os 32 réus responderão criminalmente pela prática de descaminho, contrabando, falsidades documentais, corrupção ativa, corrupção passiva, facilitação de descaminho e formação de quadrilha, e contou com a participação de empresários, despachantes aduaneiros, operadores financeiros e servidores da Receita Federal.
O prejuízo aos cofres públicos, em tributos sonegados, ultrapassa R$ 600 milhões. O esquema era dividido em três partes, importações fraudulentas, exportações simuladas e corrupção de servidores públicos.
Segundo o Ministério Público Federal de Corumbá, “O grau de profissionalismo desta prática ilícita era tal que o grupo atuava de maneira orquestrada e coordenada, com servidores que não apenas repartiam entre si a propina que cada um recebia, como também dividiam tarefas: um deles ficando responsável por receber os valores ilícitos, outro ficando responsável por avocar processos aduaneiros, outro, ainda, ficando responsável por facilitar a passagem de determinado veículo com mercadorias descaminhadas”.
As investigações apontaram que o esquema desvelado era a tal ponto rentável que este grupo cobrava, em média, de U$ 2 mil a U$ 7 mil por carga que liberava indevidamente. Estima-se que os servidores receberam dezenas de milhares de dólares por mês, a título de propina, sendo que, na casa de vários deles, foram encontrados e apreendidos milhares de reais e de dólares em espécie, sem origem legal aparente.
Confira na íntegra a divulgação do Ministério Público Federal de Corumbá através do Site: http://www.mpf.mp.br/ms/sala-de-imprensa/noticias-ms/operacao-vulcano-mpf-ms-denuncia-32-por-envolvimento-fraudes-em-comercio-exterior-atraves-da-fronteira-brasil-bolivia