AndersonGallo/DiárioCorumbaense
Parlamentar é acusado de compra de votos e já foi substituído pelo suplente na Casa de Leis
O juiz eleitoral, Maurício Cleber Miglioranzi Santos, determinou que o presidente da Câmara Municipal de Ladário, vereador Daniel Benzi (MDB) declarasse extinção e perda do mandato do parlamentar e concedeu prazo de cinco dias para que as providências fossem tomadas, com relação ao vereador mais votado nas eleições municipais de 2016 em Ladário, Eurípedes Zaurizio de Jesus (PTB), o qual, teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por compra de votos.
Conforme matéria veículada pelo Diário Corumbaense, o presidente da Casa, vereador Daniel Benzi, baixou resolução comunicando o plenário sobre a perda dos direitos políticos e do mandato de Eurípedes e convocou o suplente, Rodolfo Bonifácio da Costa Ramos (PTB), que assumiu o cargo em sessão ordinária realizada na segunda-feira (25).
O vereador Eurípedes Zaurizio, foi preso pela Polícia Federal em 2017, durante investigações que apontaram que ele comandava um esquema de agiotagem que explorava pessoas de baixa renda, em clara vulnerabilidade econômica e social e muitos deles eram beneficiários do programa Bolsa Família.
A Operação Anatocismus, ainda conforme o Diário Corumbaense, foi deflagrada no dia 24 de janeiro, pela PF de Corumbá. Iniciada logo após a eleição de 02 de outubro de 2016, com o foco de reprimir crimes durante eleições, os agentes federais encontraram na casa do vereador, então candidato, listas com nomes de diversas pessoas que, supostamente seriam beneficiários e também contas de luz e água em nome de terceiros.
As investigações começaram depois de recebida uma denúncia de compra de votos, duraram três meses e apontaram ainda omissões e lançamentos de informações falsas na prestação de contas do então candidato à Câmara Municipal de Ladário.
Além dele, mais sete parlamentares poderão ser cassados. Na Câmara de Vereadores de Ladário estão em andamento três Comissões Processantes que podem cassar os mandatos do prefeito afastado Carlos Ruso (PSDB) e de mais sete vereadores, presos na Operação Terra Branca I, deflagrada em 26 de novembro de 2018. Duas destas comissões avaliam a situação dos sete parlamentares. Todos são acusados de crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, no caso que ficou conhecido como "Mensalinho", onde Ruso, segundo o Gaeco e Ministério Público Estadual, pagava quantias mensais aos acusados em troca de apoio político.
Em CampO Grande estão presos os vereadores: Vagner Gonçalves (PPS), Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB), André Franco Caffaro (PPS), Augusto de Campos (MDB), Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN) e Osvalmir Nunes da Silva (PSDB). A vereadora Lilia Maria Villalva de Moraes (MDB), está em prisão domiciliar desde o mês passado.