Pouco tempo depois de chuvas que caíram sobre a cidade de Corumbá no mês de junho agravar a situação precária do pavimento em diversas ruas e avenidas da cidade, uma medida paliativa adotada pela empresa contratada pela Prefeitura Municipal para realizar os serviços de tapa buraco, tem revoltado moradores, comerciantes e principalmente motoristas que trafegam pelas ruas do município especialmente na parte alta. A reclamação é referente ao material utilizado no remendo que foi feito em incontáveis buracos espalhados por diversos pontos, que foram cobertos com uma espécie de pó de brita misturado em meio a pedras.
O que poderia significar uma solução provisória tem se tornando um verdadeiro transtorno na vida dos moradores e motoristas, especialmente dos condutores de motocicletas que reclamam do risco de quedas devido à falta de aderência no asfalto provocado pelas pedras que se espalharam pelas ruas e cruzamentos. Além disso o paliativo não resolveu o problema e os buracos continuam tomando conta das vias, causando prejuízos para os motoristas, acidentes e revolta nas pessoas que passam pelos locais. Os condutores precisam fazer ziguezague ou escolher a menor "cratera" para cair.
O material que foi colocado para tapar os buracos já se espalhou por todos os lados e as crateras continuam expostas, mostrando que além de ineficientes esse tipo de operação aumentam o desperdício do dinheiro público. Enquanto uma solução definitiva não é feita, os motoristas acabam sendo obrigados a arcar com prejuízos, é o caso do técnico de Mineração, Wilson Pereira Barros relatando para reportagem que tem um custo estimado em R$ 600 reais por ano, somente com a manutenção na parte de suspensão de seu Palio ano 2007. Na rua 21 de Setembro entre as ruas Rio Grande do Sul até a rua Monte Castelo, o trânsito de veículos pesados agravam a situação e comerciantes chegam a fazer piada do pavimento.
“Conheço muita gente que evita passar por aqui e só utilizam esse caminho quando não tem outro jeito mesmo. O pessoal pergunta se por aqui caiu alguma chuva de meteoros, outros chamam a rua de queijo suíço, mas apesar das brincadeiras a situação é séria”, relatou Santiago dono de uma mercearia.
E não é apenas as chuvas, a deterioração do pavimento e o trafego intenso de veículos pesados que causam transtornos aos motoristas. Constantes intervenções da empresa de saneamento básico Sanesul, deixam verdadeiras crateras abertas em diversas ruas e até mesmo em vias principais que ligam o centro à parte alta da cidade. No último dia 15 de junho, a reportagem publicou uma matéria onde mostrava o improviso de moradores para sinalizar imensas imperfeições no asfalto na tentativa de evitar acidentes.
Na oportunidade a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal informando que a Secretaria de Infraestrutura já estava em fase final da elaboração de um cronograma para a realização dos reparos em diversos pontos da cidade. Por sua vez a Sanesul através do Gerente Regional Elano Saldanha, chegou a estipular uma data limite para que o buraco aberto para reparo da rede na rua Edu Rocha fosse finalmente fechado, passado o prazo determinado o buraco continua exatamente da mesma forma como noticiado há 15 dias.
Novamente a reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura que um cronograma de obras de reperfilagem e tapa-buracos já está em andamento em alguns bairros da cidade e deverá contemplar as ruas exibidas na reportagem até a próxima semana. Ainda segundo as informações, nesta sexta-feira (31), os trabalhos se concentram nas ruas; Porto Carreiro e Gonçalves Dias. Quanto ao buraco aberto pela Sanesul na Rua Edu Rocha, o gerente regional informou que estaria averiguando o motivo do atraso e providenciando o reparo da via.