A Embrapa Pantanal convidou o pesquisador Norton Hayad Rego, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), para discutir com os produtores rurais dos assentamentos locais, estudantes e técnicos da área ambiental as diferentes formas de construir viveiros para a produção de mudas na região de Corumbá.
De acordo com o pesquisador, foi preciso uma semana para construir um viveiro com capacidade para produzir entre cinco e dez mil mudas em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, por cerca de R$3.600. Como alternativas para baratear a produção, o professor cita o uso de garrafas pet, caixas de leite e suco industrializado como embalagens para as mudas e a colocação de mangueiras ou regadores no sistema de irrigação. “Cada um encontra uma forma mais econômica de produzir. Essa é a chave da produção de mudas: conseguir reduzir custos, produzindo com qualidade e remunerando melhor o trabalho”, afirma.
De acordo com a pesquisadora Catia Urbanetz, da Embrapa Pantanal, existe uma demanda por mudas de qualidade em Mato Grosso do Sul que ainda não é atendida. “No estado, existem apenas 27 viveiros cadastrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, afirma.
Aos produtores que querem entrar no mercado, Norton recomenda buscar a profissionalização. “Ter o conhecimento das espécies, dos métodos de colheita, estimativa de produção, como armazenar e plantar... não tem com produzir mudas sem conhecer esses parâmetros”. Para a pesquisadora da Embrapa Pantanal Suzana Salis, é preciso dar suporte às pessoas interessadas em trabalhar com áreas que favoreçam a conservação ambiental. “Estruturar e fortalecer os sistemas de extensão do estado, transferindo tecnologias e conhecimentos sobre a produção de mudas e sementes, é muito importante para apoiar o produtor”, finaliza.