A cidade de Corumbá – distante cerca de 420 quilômetros de Campo Grande, está em surto de conjuntivite. A situação foi declarada pela Secretaria Municipal de Saúde que anunciou quase 70 casos da doença de olhos já diagnosticados neste primeiros dias do ano.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Nos primeiros sinais dos sintomas a pessoa deve procurar atendimento médico
Conforme o site Diário Corumbaense, a gerente da Vigilância em Saúde de Corumbá Viviane Ametlla acredita que o número de pessoas com o problema possa ser ainda maior. “Tivemos um aumento considerável de casos num curto espaço de tempo, porém a gente acredita que esse número pode ser maior porque sabemos que muitas pessoas não procuram a unidade de saúde”, afirmou.
A gerente também alerta sobre a importância em buscar atendimento médico em caso de surgimento dos sintomas mais comuns como: pálpebras inchadas, olhos vermelhos, coceira, secreção, entre outros. “Somente um profissional é que vai poder indicar a forma correta de tratamento porque há três tipos da doença e para cada uma existe uma maneira de se tratar de forma eficaz”, comentou.
A conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras, pode atingir qualquer pessoa, independentemente da idade. Para evitar o contágio, o médico pediatra Emerson Moreira indica que cuidados básicos de higiene ajudam e muito na prevenção.
“O mau hábito de não lavar as mãos, coçar os olhos, põe a mão na boca, coça outras partes do corpo e depois volta ao olho, tudo isso é um foco de contaminação”, alertou ao destacar que evitar aglomerações também é uma medida preventiva.
Segundo ele, nos casos observados em Corumbá há características da conjuntivite viral, aquela cujo calor e umidade ajudam a proliferação que permanece causando sintomas até 15 dias nas pessoas infectadas. Nesse caso, a secreção é mais esbranquiçada e aquosa, e atinge os dois olhos ao mesmo tempo, podendo ser acompanhada de espirros, febres, dor de garganta, o que leva muitos a confundi-la com uma gripe.
“É uma doença comum no verão quando todo mundo procura balneários, piscinas, isso agride muito o olho que fica exposto”, disse o médico sobre a doença que ainda traz a sensação de areia nos olhos, sensibilidade à luz e pode deixar a visão embaçada temporariamente.
O uso do álcool gel também é indicado para a profilaxia da doença em situações quando o uso da água e sabão nas mãos não for possível. Evitar levar as mãos aos olhos é primordial.
Além da conjuntivite viral, também há a causada por reações alérgicas e por bactérias.
A automedicação com colírios não é recomendada porque pode agravar o quadro, trazendo sérias complicações. Apenas médicos podem prescrever o uso de tais medicamentos, pois ele é capaz de avaliar qual o agente causador.
Sintomas
- Olhos vermelhos e lacrimejantes;
- pálpebras inchadas;
- sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
- secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
- secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
- coceira;
- fotofobia (dor ao olhar para a luz);
- visão borrada;
- pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.
Prevenção
- Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;
- lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
- não coçar os olhos;
- usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
- trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
- não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
- não se automedique.