Desde que começaram a cruzar a fronteira entre Brasil e Bolívia, a vinda dos haitianos acabou evidenciando a falta de estrutura da cidade em acolher os imigrantes. Situação evidenciada no relatório da Comissão Provisória de Acompanhamento dos Refugiados Haitianos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), que considerou o cenário como gravíssimo. Muitos estrangeiros entravam em Corumbá sem nada, apenas com documentos. Muitos chegaram a passar noites nas ruas, como nas proximidades do Terminal Rodoviário. Diante desse quadro a Polícia Rodoviária organizou uma força tarefa para atendimento desses imigrantes e em pouco menos de um mês, a situação mudou.
G1/MS
Cerca de 1.203 haitianos foram notificados já em Corumbá
Antes vistos em grande número pelas ruas de Corumbá, os haitianos que se encontravam na região, foram atendidos pela Polícia Federal, possibilitando assim, a permanência deles em território nacional, para que pudessem seguir viagem. Para isso, segundo a Polícia Federal, os estrangeiros eram notificados, podendo permanecer em território nacional por 60 dias, tempo legal estipulado para que possam regularizar sua permanência no Brasil.
Em contato com a Polícia Federal, ao Capital News, foi informado que até o momento, só em Corumbá, cerca de 1.203 haitianos foram notificados, com esse documento, os estrangeiros seguem viagem para outras partes do Brasil, onde normalmente existem familiares já estabelecidos. Por isso, a Polícia Federal considera a situação normalizada.
Os atendimentos aos estrangeiros acontecem na sede da Polícia Federal, localizada na região central de Corumbá, em frente à Praça da República. No Posto Esdras, limite entre a fronteira Brasil e Bolívia, também há um posto de atendimento da Polícia Federal, com liberação dos vistos de saída e entrada do país para os estrangeiros.
Além das autoridades de imigração, algumas instituições, como a Pastoral da Mobilidade Humana, Prefeitura entre outras instituições estaduais e federais, privadas e até mesmo a própria população, através de abrigos e doações, como roupas, alimentação, também deram apoio aos haitianos até serem notificados.